Keyla Brasil: Ação Urgente após Cirurgia Cerebral

A 7 de setembro, Keyla Brasil, uma artista e ativista reconhecida no meio LGBTQ+ e presidente da associação TransParadise, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) enquanto estava na Tailândia, país no qual não tinha familiares ou uma rede de apoio próxima. Durante a sua permanência no Hospital Phyathai 1 em Bangkok, o seu quadro clínico foi cuidadosamente acompanhado, evoluindo do CTI para um quarto .Graças ao incansável apoio da comunidade, bem como ao trabalho diligente de advogados, dirigentes de Associações sem Fins Lucrativos de Portugal, e uma cobertura ativa da comunicação social, Keyla foi transportada de volta a Portugal. Este transporte foi uma operação complexa, necessitando da presença constante de equipe médica e equipamento hospitalar adequado para garantir a sua segurança.

Já em solo português, Keyla foi admitida num hospital da rede pública, dando continuidade ao seu processo de recuperação no setor de neurologia. Apesar da sua condição estável, o caminho para a total recuperação permanece incerto, necessitando de um acompanhamento especializado a longo prazo.

A artista e ativista Keyla Brasil, que sempre usou seu corpo como instrumento para suas expressivas performances e espetáculos, está diante de um novo cenário. Ainda é cedo para poder afirmar se, após esse período, haverá sequelas. Não obstante a boa evolução actual, e dada a gravidade do Acidente Vascular Cerebral, após o regresso a Portugal, a Keyla irá necessitar de um período longo de acompanhamento especializado, a nível de fisioterapia e, provavelmente, terapia da fala, para recuperar todas as suas capacidades.

Keyla não terá autonomia para viver sozinha nos próximos meses. Irá necessitar de apoio para as tarefas diárias, desde a higiene à preparação de refeições.Tudo irá depender de uma combinação de factores, incluindo o tipo de acompanhamento, o centro onde esse acompanhamento será prestado, o apoio quotidiano e, obviamente, a força de vontade e o estado de espírito da própria Keyla.

Para colocar em perspectiva, Keyla encontrava-se em situação de sem-abrigo, vivendo dentro da sua carrinha e essa situação não se poderá manter aquando do regresso. A artista que tinha no movimento a essência de sua vida precisará, agora, de suporte constante. Isso implica em um alojamento fixo com acesso à eletricidade e saneamento básico, tratamentos, terapias, adaptações e mudanças em sua rotina de vida.

Por essa razão, reiteramos nosso apelo: nossa jornada é longa. Agora, mais do que nunca, Keyla precisa da força e da contribuição de nossa comunidade. As doações continuam sendo fundamentais, não apenas para as despesas médicas imediatas, mas para garantir uma transição e reabilitação adequadas à realidade que se apresenta.

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On September 7, Keyla Brasil, a renowned artist and activist in the LGBTQ+ community and president of the TransParadise association, suffered a stroke while in Thailand, a country in which she had no family or close support network. During her stay at Phyathai 1 Hospital in Bangkok, her clinical condition was carefully monitored, progressing from the ICU to a room. Thanks to the tireless support of the community, as well as the diligent work of lawyers, directors of Non-Profit Associations in Portugal, and active media coverage, Keyla was transported back to Portugal. This transport was a complex operation, requiring the constant presence of medical staff and adequate hospital equipment to ensure her safety.

Once on Portuguese soil, Keyla was admitted to a public hospital, continuing her recovery process in the neurology sector. Despite his stable condition, the path to full recovery remains uncertain, requiring long-term specialized monitoring.

Artist and activist Keyla Brasil, who has always used her body as an instrument for her expressive performances and shows, is facing a new scenario. It is still too early to be able to say whether, after this period, there will be consequences. Despite the good current evolution, and given the severity of the stroke, after returning to Portugal, Keyla will need a long period of specialized monitoring, in terms of physiotherapy and, probably, speech therapy, to recover all their capabilities.

Keyla will not have the autonomy to live alone in the coming months. She will need support with daily tasks, from hygiene to meal preparation. Everything will depend on a combination of factors, including the type of support, the center where that support will be provided, the daily support and, obviously, the strength of Keyla's own will and state of mind.

To put it into perspective, Keyla was homeless, living in her van and this situation could not be maintained upon her return. The artist whose movement was the essence of her life will now need constant support. This implies fixed accommodation with access to electricity and basic sanitation, treatments, therapies, adaptations and changes to their life routine.

For this reason, we reiterate our appeal: our journey is long. Now, more than ever, Keyla needs the strength and contribution of our community. Donations continue to be essential, not only for immediate medical expenses, but to ensure a transition and rehabilitation appropriate to the current reality.